Ficamos assim por enquanto,
faltam as palavras e a vontade
que impulsiona às palavras.
Se der eu volto a escrever,
por enquanto fico assim...
30.12.09
Melancolia
Estou em silêncio há horas.
Às vezes esqueço
de me de desligar do coração.
Levo a angústia atrás de mim
e de um lado para o outro.
Apontados meus erros antigos
esquecem de mim,
eu não esqueço.
Ouço meus silêncios
e não me dizem nada,
então deixo-os em paz.
Itimos sorrisos
e tantos poemas por escrever,
não sei quando vou fazê-lo.
Lágrimas estreitas
e outros poemas escritos ao longo do ano,
não sei se vou mantê-los.
Talvez os rasgue em tempo oportuno,
incapacidade para qualquer coisa
além da tristeza .
Nada mais resta
que não seja este velho hábito
de me sentir despovoada.
Não é apenas melancolia,
- juro.
Foto: Alba Luna
25.12.09
Qualquer coisa assim...
Nos últimos anos, trocam-se mensagens de aniversário e de boas festas com pessoas que não vejo desde que esses últimos anos começaram. Pessoas com quem não falo desde então, a não ser pelas mesmas mensagens de todos os anos que fluem como um compromisso agendado apenas pelo habito de ser cortez.
Atado a isso o rsvp dos agradecimentos. Um circulo vicioso em ser polidamente educado quando seria melhor deixar passar, porque quem está do outro lado desse "lembrar com data marcada", sabe que a mensagem é pro-forma, followords e não um desejo sincero que é dado por querer e não por obrigações auto iimpostas.
A conversa se repete: que o carinho continua o mesmo, que me querem todo o bem deste mundo e saber se estou feliz é o mais importante, que se for essa a minha vontade posso aparecer para uma visita ou disponibilizar-me a um chá acompanhado de dois dedos de conversa, etecéteras.
Apesar de nada disto me incomodar, a simpatia após a distância, o querer manter contato quando pouca coisa resta que o justifique acaba me deixando triste, por pouco tempo é claro, ao menos até o próximo ano e nas mesmas datas faça chuva ou sol.
A minha vontade agora é a de seguir em frente e não voltar aos lugares onde um dia julguei querer ser feliz.
Atado a isso o rsvp dos agradecimentos. Um circulo vicioso em ser polidamente educado quando seria melhor deixar passar, porque quem está do outro lado desse "lembrar com data marcada", sabe que a mensagem é pro-forma, followords e não um desejo sincero que é dado por querer e não por obrigações auto iimpostas.
A conversa se repete: que o carinho continua o mesmo, que me querem todo o bem deste mundo e saber se estou feliz é o mais importante, que se for essa a minha vontade posso aparecer para uma visita ou disponibilizar-me a um chá acompanhado de dois dedos de conversa, etecéteras.
Apesar de nada disto me incomodar, a simpatia após a distância, o querer manter contato quando pouca coisa resta que o justifique acaba me deixando triste, por pouco tempo é claro, ao menos até o próximo ano e nas mesmas datas faça chuva ou sol.
A minha vontade agora é a de seguir em frente e não voltar aos lugares onde um dia julguei querer ser feliz.
19.12.09
Sensivelmente
Talvez alguns sorrisos
Poucas palavras
reencontradas
sem grandes falas,
a música
ou mais
- sensivelmente.
Ainda Bem!
Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro.
Leonardo Da Vinci
Poucas palavras
reencontradas
sem grandes falas,
a música
ou mais
- sensivelmente.
Ainda Bem!
Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro.
Leonardo Da Vinci
17.12.09
O homem e suas entregas
Nenhuma palavra ou gesto
que o impeçam de ser dela,
entregando-se sem o grito
num ponto distante dentro de si.
O fogo queima mordendo a carne
vindo em ondas sacudindo o corpo
que denuncia a razão sem razões
para esconder o que se agita.
Sem saída,
já entregue no profundo
do seu intimo,
o homem se entrega preso
entre duas pernas
como uma sentença entre dois pontos.
15.12.09
Desculpe-me
Desculpe-me se trago a alma sem alento,
Se tenho cansaços,
Se me tornei escrava desse sentimento vazio,
Se meu vôo é de asas partidas,
Se meu coração sangra,
Se não sei o caminho,
Se um segundo é muito tempo,
Se as horas me sufocam,
Se o não saber me conforta,
Se tudo em mim é indivisível,
Se não posso ser as mãos que consolam,
Se ninguém, nem eu mesma,
Entendo o que sustenta esse vicio de ti,
Porque vou embora
Quando são momentos de chegadas
E se quero sempre ficar
Quando o momento é de despedida...
Carências
Sinto falta da solidão
Que tantas vezes me acolheu
Em remansos sem questionamentos.
Eu a procuro com a ânsia dos famintos
que buscam no trigo forjado em pão
o alivio imediato para a fome da alma,.
Sinto falta da escuridão
Que me envolvia em breu absoluto,
Maculado apenas por estrelas
Que riscavam e explodiam no céu
Em desperdícios de luz.
Estrelas há muito sepultadas
Na amplidão do universo,
Cujo brilho é ilusório
Não trazem conforto
Ao coração selvagem.
Sinto falta do silêncio
Gerado pela ignorância
Que me mantinha à parte
De qualquer sentimento inquietante,
Como adivinhando efeitos colaterais
De amores finitos e temporários.
Que tantas vezes me acolheu
Em remansos sem questionamentos.
Eu a procuro com a ânsia dos famintos
que buscam no trigo forjado em pão
o alivio imediato para a fome da alma,.
Sinto falta da escuridão
Que me envolvia em breu absoluto,
Maculado apenas por estrelas
Que riscavam e explodiam no céu
Em desperdícios de luz.
Estrelas há muito sepultadas
Na amplidão do universo,
Cujo brilho é ilusório
Não trazem conforto
Ao coração selvagem.
Sinto falta do silêncio
Gerado pela ignorância
Que me mantinha à parte
De qualquer sentimento inquietante,
Como adivinhando efeitos colaterais
De amores finitos e temporários.
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