Pretendo encontrar muitas conchas, algumas respostas e talvez uns poucos versos...
Volto em breve, até....
"uma vez, na rua, cruzei-me com um apanhador de conchas. tinha os olhos feridos pelo sal, as mãos abertas pelo ácido das marés os lábios gretados por versos inacabados. recitou-me fórmulas do campo; anunciou-me a verdade de antigas profecias. olhei para cima: e o céu continuava azul, como se nada se passasse. mas ele abriu o cesto das conchas; e um movimento de caranguejos mostrou-me o fundo da existência. talvez eu estivesse a falar com um morto; ou as suas palavras me distraíssem do verdadeiro significado das coisas."para que serve a poesia, afinal"? e continuou o seu caminho, para que eu seguisse o meu, como se nunca nos tivéssemos encontrado."
Nuno Júdice, último livro "As coisas mais simples"
edições Dom Quixote
(fotografia de autor desconhecido)
21.1.08
20.1.08
Se eu fosse você...
O caminho que existia entre nós
era feito de atalhos
não compreendias a linguagem que eu falava
e nem eu a tua realidade silenciada
Um enganoso alguém
longe e fora das horas
nem alegre
nem triste
sem desejar mais palavras ou sonhos
sem mais nada
não te lamento
não quero ver tua sombra escondida
tão triste e perfeito
num movimento que murmura,
a eternidade feita de horas, perdura
Quero-te entre pernas
Sou teu outro
És meu eu
Somos fogo dentro do corpo
Em teu corpo navegar,
Perder-me para te encontrar
Para te descobrir é tarde
Para te perder é cedo...
Foto: Mariah
Ouvindo: Eu Vou Estar (Acustico)
Nós (Nossa exata dimensão)
Não tocar e sentir,
Um sentir tão próximo e tão feito de emoção.
Nunca ter visto com os olhos
E já enxergar a alma.
Um bem querer tão distante
Que se encontra perto, pois é único e nunca ausente.
Falar sobre a vida, revelar o que se oculta, por isso se faz urgente.
É como olhar um jardim, vazio de flores e ainda assim,
Sentir o perfume que exalam.
Contemplar juntos o movimento das palavras eternas,
Sentir igual e além.
Para quê explicar se nos basta saber e
num dizer resumir: Eu te amo
Foto: Rumo ao horizonte - Carlito
Ouvindo: Pontes Entre Nós
1.1.08
Um passo a mais...
Minha alma que andava sem alento,
Desorientada,
Perdida...
Não sabia o que havia feito de errado,
Não sabia os porquês de tanto ódio,
Sentia saudades,
Sentia afeto,
Sentia culpa por algumas mentiras...
Precisei me jogar a teus pés
Para entender o que estava errado.
Minha alma se despede de cara limpa
E meus versos de alma lavada.
Não sinto mais a boca seca,
A rima triste,
E nem sinto vazios...
Hoje eu me despeço de ti
E volto a estar inteira...
E vou por ai,
Feito uma saudade que não sangrará com a partida.
Diferente da canção,
Não espero pela tua volta
Porque fui eu que te mandei embora...
Ouvindo: O Vento
Tela: Jurgen Gorg
Desorientada,
Perdida...
Não sabia o que havia feito de errado,
Não sabia os porquês de tanto ódio,
Sentia saudades,
Sentia afeto,
Sentia culpa por algumas mentiras...
Precisei me jogar a teus pés
Para entender o que estava errado.
Minha alma se despede de cara limpa
E meus versos de alma lavada.
Não sinto mais a boca seca,
A rima triste,
E nem sinto vazios...
Hoje eu me despeço de ti
E volto a estar inteira...
E vou por ai,
Feito uma saudade que não sangrará com a partida.
Diferente da canção,
Não espero pela tua volta
Porque fui eu que te mandei embora...
Ouvindo: O Vento
Tela: Jurgen Gorg
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