13.6.09

Despedida


Foto: Manus

Desculpe-me se trago a alma sem alento,
Se tenho cansaços,
Se me tornei escrava desse sentimento vazio,
Se meu vôo é de asas partidas,
Se meu coração sangra,
Se não sei o caminho,
Se um segundo é muito tempo,
Se as horas me sufocam,
Se o não saber me conforta,
Se tudo em mim é indivisível,
Se não posso ser as mãos que consolam,
Se ninguém, nem eu mesma,
Entendo o que sustenta esse vicio de ti,
Porque vou embora
Quando são momentos de chegadas
E se quero sempre ficar
Quando o momento é de despedida.

Melhor seguir, ficar é se iludir.

Não te despedi de mim,
Eu me despi para ti,
Mas não foste capaz de me ver.

Então me despedi de ti
Pois há muito não habitava
Teu coração.

Palavra dança,
Segue em frente
Porque a vida é plural,
Contraditória,
Controversa e muito mais...

Ouvindo: Mar E Lua e Mar Y Luna



Um comentário:

Anônimo disse...

Tu não és pássaro de gaiola, tua furia não pode ser aplacada e a alma vive assombrada por muitos fantasmas que tu mesma inventas.

És selvagem e quem não compreender a natureza de que és feita jamais vai alcançar a essencia.

Beijo doce, gostei de voltar a ler o que escreves. Não te ausentes de ti mesma por tanto tempo.

saudade

J.

12 anos atrás..)

Escrevi esse texto há anos atrás, ia para o lixo não fosse a leitura mais atenta. O que mudou de lá para cá? A resposta fica para o final....