Veneno



Sempre fica mais fácil
Viver a vida multifacetada,
Abrigando em cada alma que crio
As dores ou sonhos...

Divido o peso, deixo leve,
Mas ando cansada de ser ilusória,
Queria ter os dois pés na frente para variar
Queria a sustentável leveza do ser
Invés da insustentável leveza do não ser.

Não há porta de saída,
Meus silêncios se afastaram de mim,
Meus vazios não me reconhecem.
O mergulho é de cabeça.
Não há volta
Porque não existe socorro possível.
Não tenho medo,
Porque trago comigo
A calma dos covardes
Porque para abraçá-la é preciso coragem.

A medida certa da dor é funda,
A medida certa do sonho é rasa
A medida certa da felicidade é tênue,
A medida certa do adeus é eterna,

Todo resto é vão

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