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Eu já fiz muitas viagens, para o exterior e até mesmo para algum interior do meu eu, e no meio de algumas dessas viagens, acontecia alguma coisa e eu me perdia.
- E agora? O que vou fazer?
Foram perguntas que nunca fiz e continuava caminhando. Muitas vezes eram caminhos sem sinalização relativa a segurança ou objetivo a ser alcançado.
A maioria das vezes minhas viagens não dependiam de objetivos a serem alcançados.
Eu apenas seguia ou não.
Não sei onde li um trecho de Ellen White que dizia mais ou menos: "a senda por onde Deus guia, pode estender-se através do deserto ou do mar, mas é um caminho seguro".
Nunca pensei na segurança, imprevistos, dificuldades ou tropeços dos meus caminhos.
Nunca temi por eles, nunca almejei encontrar "lugares" onde não houvessem prantos ou dor, dificuldades ou segurança. Nunca me importei se eles seriam caminhos de salvação que me levariam a lugares de paz e tranquilidade.
A única coisa nesse seguir que sempre me afligiu foi o parar por muito tempo. Talvez porque eu tenha essa necessidade "irascibile" de seguir caminhando.
Enquanto houverem rotas, trilhas e caminhos a percorrer eu sigo. Uns dias mais feliz, outros nem tanto. Alguns tons melancólicos permeando meus vãos, saudades de quem fui, das pessoas que foram, mãos que afagam e palavras que me acolhem.
E finalmente eu aceite a minha natureza tempestiva e anárquica que me traz sempre em destemperos demais e calmarias de menos. Ando sedenta de sossego, mesmo que seja temporário já que sou tão estranha até para mim mesma.
No momento quero o sono profundo, me recolher ao meu casulo e deixar que a mariposa possa se formar e voltar a vida.
Ps. Algumas pessoas só têm olhos para borboletas e até fazem muxoxos de desdém para as mariposas. Eu adoro mariposas e quando os pés de maracujá estão no explendor das ramificações, meu quintal fica em festa com o vôo das mariposas que ali habitam. Uma festa para o espirito.
A imagem é de uma mariposa luna (inesquecível). Ela é de um verde belíssimo, com manchas em forma de lua nas quatros asas, daí o seu nome. As asas inferiores são alongadas para trás formando dois delicados rabos de andorinha.
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