8.4.08

Você Deixou o Meu Coração Pendurado na Esquina da 5ª Avenida...





Se tu tivesses um coração com certeza ele pulsaria por mim
E tu dirias então:
- “Como sabe que muitas vezes duvido que tenha coração?”.

E eu responderia sem hesitar

- Porque eu te conheço,
Conheço teu respirar,
A maquiagem que usas
Quando te escondes

Eu te sei
Quando disfarças,
Quando mentes,
Quando foges das verdades...

Porque eu te conheço
No calado e escondido.


Eu te sei
Até quando tuas vírgulas se omitem...

Que importa quem sejas hoje,
amanhã
Ou
Ontem?

Eu te sei, sempre...

E ao que retrucas:

“- E agora sou eu o mentiroso...o culpado...o desventurado da sua sorte?”

Pauso, penso e só posso responder:
Que o amor não é jogo de azar ,
Tão pouco é verbo de posse
Porque quando verbo se conjuga a dois.

Você e eu
Passamos a terceira do plural
Para sermos NÓS
Conjugados num só verbo.

E o amor?
Ah! Deixa-me dizer
Que quando substantivo,
Transcende à distância
Que deixa de existir,
O tempo torna-se atemporal
Não existem respostas
Para perguntas desnecessárias


E se de repente suspiras:
“- amou-me...e eu nem vi!”

Eu não precisaria te ver,
Pois já enxergo o que escondes de ti
E de mim só sei quando estou contigo.

Eu sei...

Tela: Dora Maar com o gato, por Pablo Picasso

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12 anos atrás..)

Escrevi esse texto há anos atrás, ia para o lixo não fosse a leitura mais atenta. O que mudou de lá para cá? A resposta fica para o final....