
Se tu tivesses um coração com certeza ele pulsaria por mim
E tu dirias então:
- “Como sabe que muitas vezes duvido que tenha coração?”.
E eu responderia sem hesitar
- Porque eu te conheço,
Conheço teu respirar,
A maquiagem que usas
Quando te escondes
Eu te sei
Quando disfarças,
Quando mentes,
Quando foges das verdades...
Porque eu te conheço
No calado e escondido.
Eu te sei
Até quando tuas vírgulas se omitem...
Que importa quem sejas hoje,
amanhã
Ou
Ontem?
Eu te sei, sempre...
E ao que retrucas:
“- E agora sou eu o mentiroso...o culpado...o desventurado da sua sorte?”
Pauso, penso e só posso responder:
Que o amor não é jogo de azar ,
Tão pouco é verbo de posse
Porque quando verbo se conjuga a dois.
Você e eu
Passamos a terceira do plural
Para sermos NÓS
Conjugados num só verbo.
E o amor?
Ah! Deixa-me dizer
Que quando substantivo,
Transcende à distância
Que deixa de existir,
O tempo torna-se atemporal
Não existem respostas
Para perguntas desnecessárias
E se de repente suspiras:
“- amou-me...e eu nem vi!”
Eu não precisaria te ver,
Pois já enxergo o que escondes de ti
E de mim só sei quando estou contigo.
Eu sei...
Tela: Dora Maar com o gato, por Pablo Picasso
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