6.9.09

Velas

A certeza que pode ser a única,
é de que ninguém acalma
a tua ira contida,
a fúria que se esparrama
como suor de um dia quente
pelo teu corpo de mar.

Mar revolto que anseia
de tempos em tempos,
por alguma distração.

No tão pouco de nada,
uma verdade simplista
que não se rege
por questionamentos.

Onde não cabem complicações
e apesar ou por tudo já dito,
escrito,
lido e relido,
profanado ou calado,
Tu melhor que nínguem,
sabes que não pode ser negada.

Porque Eu sou a única
que podes abandonar,
a única para quem podes voltar
sempre que as outras te esgotarem.

E sempre voltas...

Não se pode evitar
porque é vontade expressa,
ainda que de tempos em tempos...

Velas e amarras soltas,
o tempo riscando o corpo,
cabelos ao vento;

Renda-se como eu me rendi...

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12 anos atrás..)

Escrevi esse texto há anos atrás, ia para o lixo não fosse a leitura mais atenta. O que mudou de lá para cá? A resposta fica para o final....