No momento não me ocorre
a palavra adequada
que resuma o momento intimista.
O que quero dizer (escrever),
sem rodeios,
(hábito cultivado e conhecido)
abrindo mão de explicações
cientificamente elucidatórias
é que sou essencialmente
ser de gestos furtivos
com idéias sobre o infinito
que na maioria das vezes
cabem num punhado de palavras.
Idéias que se resumem
num punhado de dias
a serem lembrados
ou completamente esquecidos.
Fulgas?
Não..
Instinto de sobrevivência
acima de tudo e apesar
do mesmo tudo que pode
ser um nada.
Isso me alivia, e muito,
pois a idéia de infinito
é com freqüência associada
ao sentido de eternidade.
A idéia do eterno me cansa,
e muito!
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