15.7.09
Sempre terei as estrelas
De volta ao começo,
roda a roda do tempo.
Tudo passa
no compasso
da música,
do verso,
da saudade,
do adeus.
Sempre terei as estrelas
e o movimento
da minha fantasia.
Vou nas mãos da ausência,
sacudindo o pó deste deserto
sem que saibas
o que me vai no coração.
Nada demais,
acontece...
"Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...
E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim...
Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos bandolins...
Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim
E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...
Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim
Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...
Oswaldo Montenegro
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