que acabei por me afundar nelas. 
Queria ser capaz de retornar 
ao ponto 
em que deixá-las fluir neste espaço
fosse o mesmo que respirar aliviada 
por me livrar delas. 
Voltar a compartilhar 
o que sempre
me manteve cativa e tão submersa. 
Uso a falta de tempo como desculpa, 
pois na verdade ando ciumenta 
das palavras que tenho tatuado em papel. 
Não sei com que dedos devo voltar 
e trocar o papel e o lápis pelas palavras 
que necessitam da voz para se tornarem 
audíveis e claras 
Deve ser mais uma fase 
daquelas mais longas que as outras,
não sei...
Ou talvez precise me conter e colocar ao lado
as palavras mais duras que fluem como um respirar
e mesmo essas,
são melhores que as palavras brutas 
cheias de cinismo que me escapam tão facilmente
cumplices  da ironia que me molda
e me mantém a salvo de mim mesma.
 
 
 
 
 
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