19.2.09

Sombras


Sombras, e a paisagem descansa
Brumas que envolvem Idéias não definidas
Sentimentos confusos.
Sem a escuridão,
A luz não despertaria ao amanhecer
As estrelas do céu
Não sorririam sem o breu a recebê-las
A lua não refletiria
A luz do sol em que se revela,
Se o firmamento não fosse vazio de luz
Seria caos e angústia

Brilha lua, sem luz própria
Brilham estrelas
Em pano de fundo sem fundo
Sombras observam a distancia
Querendo muito que
A luz se movimente, mas nada podem
Mistérios não revelados,
Cumplicidades partilhadas
À espera
Dia e noite,
Luz e escuridão
Calar mais do que falar
Sim e não
Versos e reverso
Amor presente
Cultivado em luz e sombras
Luz
Do sol razão
Da lua sem promessas
Das estrelas risonhas
Que nada sabem
Silêncios que não
Se querem entendidos
E em verso a poesia descansar
Sombras vivas ao amanhecer
De sentimentos conhecidos
Que podem ser controlados
Sombras à tarde enfraquecidas
Como lamento de amantes ausentes
Sombras resguardadas ao anoitecer
Das paixões que não podem ser vencidas

E vai ser sempre assim
Sombras revelando-se à luz
E sempre distantes
Da noite que se revela,
Confessa mas não se entrega...

O dia lúcido de sombras,
A noite quieta de luz.

Foto: Morskaya
Ouvindo:http://www.muleke-malukinho.net/nacionais/nac_f/Fernanda_Takai_-_Descansa_Coracao_(mm).mid

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12 anos atrás..)

Escrevi esse texto há anos atrás, ia para o lixo não fosse a leitura mais atenta. O que mudou de lá para cá? A resposta fica para o final....