As palavras perfumadas,
Fecham-se em trevas
E silêncios substânciais.
Tempo absurdo!
(as)sombrada em sombras sustadas,
(as)sonada,
(es)fomeada,
Sobre os parênteses
Expressam o abraço
Que às palavras símbolos
Competam o que
Olhos e sentidos não alcançam.
Segredo do tão intimo!
Sob a luz bruxelante de uma vela,
Tentando resgatar
Da perplexidade em que átomos,
Partículas,
Ficaram suspensos
Com fome de devorar
As palavras que não eram minhas
Mas me despiam
À cada letra entrelaçada
Remetiam-me a mim do meu EU,
Entregues por um adjetivo
Que violava sentidos
Com fome,
Cheio de ânsias,
Mas numa cadência
De amante experiente
Que me esvaziava e abundava
E antes do ápice
Voltava ao começo,
Aquietando pacientemente
Como amante
O adjetivo intimo que mantenho em segredo
E transformava as palavras orgasmo
Em sêmen escorrendo pelas minhas coxas.
Obs.: foram escritas me uma folha de papel
Sob a luz de velas
Nenhum comentário:
Postar um comentário