Olhos vazios que carregam
o peso de histórias perdidas,
apartados de si mesmos,
apontados para o que
não pode ser absorvido.
Dedos rígidos que tentam
agarrar o tempo
num lembrete silencioso
entre a delicadeza da existência
e a certeza inquietante
de que ficou algo por dizer.
A sensação perene da falta
que não se pode nominar,
imperfeita e incompleta.
Nenhuma vírgula antecedeu
as pausas subjuntivas
das impossibilidades cortantes.
Uma metade partida no meio
de uma página esquecida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário