Dentro de mim mora um monstro


Dentro de mim mora um monstro,

mora um monstro dentro de mim,

em Silêncio, 

sai como entra.


Não odeia, mas se cura,

guarda  cada palavra dita, 

cada ausência sentida, 

cada gesto omisso.


O monstro que me habita

ama o amor

com paixão e dedicação.


Hoje é tudo, 

amanhã nem  lembrança.


Apaga,  

sai de cena,

desliga o coração

como quem gira uma chave.


O silêncio não é vazio,

não se fez de repente,

foi edificado aos poucos 

por distrações demais

e cuidados de menos. 


E a dor acumulada

não é sofrimento,

é despedida 

que não se detém

onde  se sente sobrar.

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