18.2.10

Sorrisos Futéis, Amores Volúveis


Aflita como um animal numa jaula,
sufocando e me perdendo de algo
que nem eu mesma conseguia definir.

Queria palavras,não as que já escrevi
ou ainda as que não dei a forma final.
Procurava outras palavras
que pudessem exprimir e imprimir
esse emaranhado de sentimentos
que me tomam e retomam.

Precisava que afastassem de mim
o vício, a fixação,
o cheiro adivinhado,
o punhal sangrando no peito
esse sentimento chamado amor.

Precisava que afastassem de mim
esse vício de ser e ter
um amor que agonizava
e nada se fazia para o curar.

Precisava da certeza
que não tentarias me encontrar
para acreditar que tudo é findo.

Precisava, preciso ainda,
deixar o coração sangrar
até que se esgote todo sangue
e a dor seja esquecimento.

Inventário desse amor

Palavras jogadas ao vento
sem nenhum respeito
em tons de pouco caso:
"Se não a encontraria,
não seria eu a procurar..."

Sorrisos volúveis
de um amor fútil
porque que quem chora triste
nunca ri à toa....

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12 anos atrás..)

Escrevi esse texto há anos atrás, ia para o lixo não fosse a leitura mais atenta. O que mudou de lá para cá? A resposta fica para o final....