pois as partidas sempre são doloridas.
E elas sempre acontecem,
me acúmulo nelas e aprendi a conviver com isso.
Claro está que não sem algumas revoltas,
mágoas ou saudades.
Vivo de esboços não acabados e vacilantes,
o único equilíbrio possível
é estar
e me manter dentro de mim mesma.
Não são angústias ou dependências.
Sou assim...
Queria muito depender,
deixar de dar murro em ponta de faca,
cheia de guerras contra moinhos de ventos,
sempre faltando um pedaço
mesmo quando inteira.
Alguém que eu soubesse acolher
sem pedras nas mãos,
queria ser assim,
mas fui moldada
sob a tutela da desconfiança,
ensinada a engolir o choro,
não demostrar fraqueza.
Estou tão cansada...
Às vezes sinto que sou uma barreira
no meu próprio caminho
e quando alguma palavra dita ou lida tudo esclarece,
me sinto impotente e sem direção.
Perco o meu lugar.
Meu conforto é estar refugiada em mim,
não sei dizer quem sou nem a mim mesma
e quando tento, me faltam palavras,
mas me sobram perdas nas mãos.
Sinto a necessidade de partir
antes mesmo de chegar,
e levo sempre as melhores recordações,
as do que não vivi,
as outras deixo pelo caminho.
Meu coração sempre se inquieta,
muitas vezes dramatiza mais que o necessário
e a minha razão é exageradamente confusa.
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