Calar


Não quero descer
Da solidão em que me encontro,
Ela não me causa espanto.

Não tento entender porque compreendo,
Não preciso chegar perto
Pois já me encontro ao lado,
Apenas não quero...

Mais fácil confessar e revelar
Do que descobrir,
Falo sempre menos do que sei,
E já sei muito,
Mas prefiro calar
O que me é tão claro...

Eu sou a que espreita,
A que não pode amar sem mãos de posse,
E mesmo aquilo que é calmo e doce em mim,
É breve prelúdio de uma tempestade anunciada.

Nem para tudo existem razões
Que possam ser explicadas,
Como podes ser caminho
Se não compreendes os cansaços,
Como podes ser braços que consolam
Se te queres mãos que estrangulam...


Ninguém pode estar comigo,
Quero apenas existir...

Foto: Google's

Ouvindo: Never Thought I Could Love

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